Neste dia 3 de maio de 2011, o grupo de dança “Pankararu Nação Cultural”, foi convidado para fazer uma apresentação cultural na aldeia Barriguda, localizada na Terra Indígena Entre Serras Pankararu. O objetivo era divulgar nossas praticas culturais, mostramos a dança do Búzio Pankararu e o artesanato produzido por Nega Pankararu, uma indígena da localidade.
Essa apresentação foi para a TV Asa Branca, pois estão completando 20 anos no ar, então resolveram escolher cinco cidades para fazer um breve histórico das mesmas e Petrolândia foi uma delas, conseqüentemente a aldeia fica no município desta cidade.
Fica aqui nossos agradecimentos ao Secretario Ubirajara Fernandes, da Secretaria Especial de Assuntos Indígenas de Petrolândia, a comunidade local e todos que se fizeram presentes.
Durante os dias 18 e 19 de abril, na aldeia Serrinha, Terra indígena Pankararu, aconteceu a 2ª edição dos jogos indígenas de Petrolandia. O evento é promovido em paralelo à comemoração do 2º ano de criação da secretaria especial de assuntos indígenas do município de PETROLANDIA-PE, que conta com total apoio do prefeito deste município. Na ocasião tivemos varias modalidades esportivas desde futebol, arremesso de peso, arco e flecha, cabo de guerra, corrida de maracá, atletismo entre outros e com participação das mulheres em todas as modalidades. Tivemos a presença de prefeito Lourival Simões, que sempre se faz presente em nossas comemorações. Para finalizar, o grupo de dança Pankararu Nação Cultural fez o encerramento das comemorações para alegria dos presentes.
Na semana da consciência Indígena, o grupo de dança “Pankararu Nação Cultural”, teve a oportunidade de conhecer o “Ponto de Cultura Coco de Umbigada” e rever a rádio Amnésia, que um tempo atrás já esteve no povo Pankararu. Também tivemos a oportunidade de conhecer Beth de Oxum, que coordena o ponto de cultura e a rádio Amnésia. Na oportunidade, a embaixadora das matrizes Africanas no Brasil, deu uma canja, cantado alguns sambas de coco para alegria do grupo de dança e os alunos da escola vizinha a sua residência.
Entre os dias 04 á 06 de abril de 2011, fora realizado nas escolas da rede municipal de Olinda-PE, a semana da consciência Indígena, através da parceria entre a APOINME e a Secretária de Educação de Olinda, com o objetivo de fazer valer a LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”. E também como forma de divulgar a sua real imagem e cultura desmistificando a imagem retrograda do indígena que as pessoas ainda detém. veja as fotos:
Durante estes dias, o grupo de dança Pankararu Nação Cultural, juntamente com o professor Ronaldo Pankararu, Josiane Tupinikim Coordenadora Interina do Departamento de Mulheres e Jovens da APOINME e as Assistentes Técnicas da Divisão de Inclusão do DEB-DE-SEDO Atená Kitsos e Ceiça Axé, estiveram visitando 09 escolas da Secretaria de Educação de Olinda (Escola Claudio Leal, Escola 12 de Março, Escola Isaulina de Castro, Escola Gregório Bezerra, Escola Pro Menor, Escola Monte Castelo, Escola Ministro Marcos Freire, Escola Maria Advíncula, Escola Alberto Torres). E nessas visitas promoveram aulas espetáculos, onde ouve grandes diálogos sobre a atual vivencia dos povos indígenas do Nordeste, ressaltando sempre a questão territorial, miscigenação, historias e mitos, métodos pedagógicos indígenas, cultura, religião indígena e apresentação de danças do povo Pankararu. A principio houve alguns espantos por parte dos alunos e professores que participaram das aulas espetáculos, por conta que eles ainda detinha a visão folclórica dos povos indígenas impostas pelos livros didáticos, que tiveram acesso, mas sempre aos términos das conversas e apresentações, ficou bem visível a mudança das opiniões inicial, pois puderam perceber que ouve uma grande mudança física e cultural, dos indígenas do passado com os da atualidade, e que os indígenas não são personagens folclóricas e sim seres inteligentes e pensantes, como qualquer outro ser humano do planeta. Essa desmistificação foi muito gratificante para os palestrantes e membro do Grupo de Dança, pois puderam mostrar a esses alunos e professores que índio também é inserido a sociedade como um todo, e não fica isolado nas matas como eles imaginavam antes.
vejam o video: http://www.youtube.com/watch?v=TVlvChsbeA0
acessoria de comunicação E-mail: apoinme@oi.com.br www.apoinme.org.br apoinme.blogspot.com
O grupo de dança Pankararu Nação Cultural, fez apresentação no
2ª Assembleia de mulheres indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espirito Santo.
LEIAM O RELATÓRIO FINAL;
Documento Final da 2ª Assembléia das Mulheres Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo Reunidas na aldeia de Rodelas, do Povo Tuxá, estado da Bahia, entre os dias 27 a 30 de março de 2011, nós, mulheres indígenas de 36 povos dos estados da Bahia, Ceará, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte, realizamos a 2ª Assembléia das Mulheres Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, com o tema “Fortalecer os saberes das mulheres indígenas para garantir a participação política nos espaços de decisões.” Debatemos os seguintes temas: participação política das mulheres indígenas; políticas públicas, grandes empreendimentos de impactos à terras indígenas; reestruturação da FUNAI; transição da saúde indígena para a Secretaria Especial de Saúde Indígena; desenvolvimento sustentável e ATER Indígena; regularização dos territórios indígenas; equidade de gênero e Lei Maria da Penha. Registramos que os povos indígenas continuam enfrentando graves problemas: •Paralisação dos processos de regularização das terras, como por exemplo: Aranã, Kaxixó, Anacé, Tabajara e Kalabaça, Funiô, Tuxá, Pataxó, Pataxó Há Há Hãe, Kalancó, Tingui Botó, Koiwpanká, Karuazú, Katoquim, Karapotó, Kariri Xokó, Wassu Cocal, Geripankó, Truká, Pipipã, Pankaiwká, Tumbalalá, Tabajara, Kanindé, Tupinambá, Tapeba, Tremembé,Atikumna nova vida e outros que nenhuma providência ainda foi tomada. •Ausência de políticas públicas direcionadas às mulheres indígenas, especialmente no caso da saúde. •Ausência de esclarecimento quanto à reestruturação da FUNAI e a criação da SESAI. •Obras de grandes impactos e seus efeitos diretos ( transformações radicais na ocupação das terras) e indiretos, tais como: prostituição, drogas, alcoolismo. Essas obras são: transposição do Rio São Francisco; Transnordestina; barragens e usina nuclear. Repudiamos o tratamento de Judiciário nas questões que nos dizem respeito, tais como: criminalização das lideranças e parcialidade nas decisões sobre as questões territoriais.Ressaltamos as prisões de Gliceria Tupinambá, presa com seu bebe recém-nascido, e Valdelice Tupinambá. Registramos o nosso desapontamento que apesar de termos pela primeira vez na história desse país uma presidenta, esta tem manifestado sua preferência pelo Capital e pelas grandes obras, que afetamos povos indígenas e comunidades tradicionais. Alertamos aqui para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará. Foi realizada, ainda, a eleição das novas representantes das micro- regiões e a nova coordenadora do departamento de mulheres indígenas da APOINME. Ceiça Feitosa Pitaguary foi eleita como coordenadora do departamento de mulheres indígenas por unanimidade. As coordenadoras indicadas pelas micro são: Paraíba (Yolanda Mendonça e Maria da Penha Gomes); Alagoas e Sergipe (Cremilda Hermínio Máximo e Maria Aparecida Texeira Silva); Ceará (Mariza de Souza Machado e Francilene da Costa Silva); Bahia Sul/Extremo Sul (Rafaela Florêncio de Jesus e Valdinete Barbosa Nascimento); Bahia Norte e Oeste (Geane de Jesus Santos e Ilclenia Campos da Silva); Espírito Santo (Josiane Francisco Felício e Kelli Cristina Rodrigues Cardoso dos Santos); Minas Gerais (Leila Borges e Adriana Nunes); Pernambuco (Maria das Dores dos Santos Silva e Suyane Araújo de Sá); Rio grande do Norte e Piauí ficaram de fazer um oficio para o Departamento de Mulheres solicitando um prazo de 30 dias para se reunirem em suas bases e apresentarem os nomes de suas respectivas representantes. Por fim foi realizada a avaliação da assembléia que foi vista como positiva. A organização da assembléia, a coordenação de Josiane Tupiniquim e a nova coordenadora foram elogiadas e foi mencionada a importância de continuar na construção das discussões e na luta pela incisão política das mulheres. Foi lida e aprovada uma carta de repúdio das mulheres sobre as grandes obras que impactam as territórios indígenas para serem enviadas à Presidenta Dilma e aos demais órgãos competentes, bem como foi lido e aprovado esse documento final da Assembléia e realizado o ritual de encerramento. Dessa forma marcamos a nossa participação política na luta dos nossos povos, enfrentando os preconceitos, denunciando injustiças, fortalecendo a diversidade cultural e apontando caminhos para um futuro melhor. acessoria de comunicação E-mail: apoinme@oi.com.br www.apoinme.org.br
Neste dia 10 de março de 2011, o Pankararu Nação Cultural fez a sua primeira gravação de CD de Toré Pankararu. Na ocasião estavam presentes a senhora Lindaura Tenório, Dôra Parteira Pankararu, Maria de Jesus, Nena e o grupo Pankararu Nação Cultural. Tivemos o apoio de Alexandre Pankararu que fez o registro fotografico e de Alfredo da ONG Selo Mundo Melhor. Não tivemos custos com esta gravação, pois em conversa com Alfredo que disponibiliza de todos os aparelhos de audio para realizar a gravação do tão sonhado CD, o mesmo se disponibilizou a fazer esta gravação, combinamos o dia e local, em seguida efetuamos o planejado. Agradecemos a todos os componentes do Pankararu Nação Cultural pelo empenho e dedicação, aos nossos parceiros e amigos agradecemos profundamente e deixamos um abraço a todos irmãos e irmãs Pankararu. E em breve estará deisponivel para todos que quiserem ter acesso a nosso CD.
Neste domingo, 23 de Janeiro de 2011, nós familiares e amigos de nosso eterno cacique João Binga, fizemos uma homenagem ao mesmo, pois esta data completa três anos de seu falecimento. A cada cada dia que se passa ele nos faz mais falta, pois com ele nós tinhamos um sábio que só fazia o bem sem perguntar a quem. Hoje sentimos falta de pessoas assim como ele em nosso povo, mas valeu apena, seus ensinamentos são para uma vida, se seguirmos vamos bem.
O Pankararu Nação Cultural termina a edição do documentario que fala sobre a dança do Búzio Pankararu, este é o primeiro trabalho que fazemos sobre o Búzio, embora um filme amador, mas traz consigo muitas informações importantes na afirmação de nossa cultura. Este filme será divulgado entre as escolas Pankararu, anciões que nos contam sobre o antigo Búzio, alunos, lideranças, aos parentes das etnias de Alagoas e todos que quiserem ter acesso. Finalizamos este humilde trabalho com a sensação do dever cumprido, pois dentro de nossas possibilidades fizemos o máximo que tinhamos disponivel e que este trabalho tenha seu papel na Reafirmação do Búzio Pankararu.
Neste dia 05 de Dezembro, fizemos uma apresentação na Terra Indigena Entre Serras Pankararu, no terreiro sagrado deste povo. Contamos com a participação dos alunos, professores, membros da comunidade e lideranças desta terra, inclusive a Cacique Hilda Bezerra, a qual temos muita admiração e respeito, pois a mesma é uma guerreira do Tronco Velho Pankararu, que conseguiu a demarcação desta terra com muita luta e sem desistir do sonho de nossos Troncos Velhos, a conquista da Terra.
E foi um dia especial, falamos sobre a dança do búzio, dançamos, cantamos....tivemos a oportunidade de dona Hilda nos contar como foi que se iniciou a luta pela Terra Entre Serras.
Também aproveitamos para fazer nossos registros, pois estamos fazendo um documentario que fala da dança do Búzio e da luta pela terra....
Nesta manhã do dia 24 de Outubro de 2010, fizemos a apresentação na aldeia Tapera, no terreiro da liderança local, Zécocada, aproveitamos para fazer também uma homenagem ao mesmo, pois este é uma liderança tradicional que detém o conhecimento da dança do Búzio, na ocasião o mesmo falou um pouco sobre a dança do búzio e de quem seria os antigos dançadores.
Em seguida, fizemos uma homenagem a dona Lindaura Tenório, pois esta família conseguiu manter a dança do búzio, e graças a eles, é que estamos fortalecendo o Búzio Pankararu.
O grupo de dança Pankararu Nação Cultural, busca em sua trajetória reafirmar e fortalecer a dança do BÚZIO Pankararu e através dela conscientizar a comunidade Pankararu da importância da preservação e manutenção de nossa cultura, comoforma de fortalecimento de nossa identidade.O Pankararu Nação Cultural nasceu há três anos e nesse período fez muitas apresentações e intercâmbios com jovens Pankararu e de outras etnias, com intuito de repassar para estes a importância de praticar e fortalecer seus rituais e não deixá-los como segunda opção.
Nesse percurso tivemos muitas conquistas,nas comunidades em que a juventude não tinha interesse de praticar suas danças, por se acharem jovens demais e até por falta de incentivo dos mais velhos, hoje sabemos que essa realidade mudou. Até aqui em nosso povo conseguimos fazer com que a juventude e as crianças despertassem o desejo de praticar a dança do BÚZIO, hoje temos outros grupos recém formados e em todas as Escolas Indígenas do povo Pankararu estabeleceu-se uma maior sensibilidade e dedicação por parte dos professores e alunos em relação à dança do BÚZIO.
É gratificante perceber que através desta iniciativa outros jovens estão se envolvendo e valorizando nossas praticas culturais, e que o Pankararu Nação Cultural tem servido de exemplo para o fortalecimento e reafirmação da nossa identidade etnocultural.